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Cidades

HGE: SINMED QUER TRANSFERÊNCIA DE INFECTADOS

Mesmo não sendo hospital de referência, HGE tem recebido pacientes com o novo coronavírus

Por regina carvalho | Edição do dia 04/06/2020

Matéria atualizada em 04/06/2020 às 06h00

| Cortesia

O governo do Estado ainda não atendeu ao apelo do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL) e pacientes infectados com o novo coronavírus continuam internados no Hospital Geral do Estado (HGE). Em dez dias, mais de trinta pessoas morreram dentro da unidade que deveria atender casos de urgência e emergência. De acordo com o Sinmed, há pacientes com Covid na Enfermaria e nas áreas Amarela e Vermelha, elevando o risco de contaminação entre pacientes e profissionais da saúde. “Está cheio de Covid lá no HGE. Só num enfermaria tem 32 pacientes. A gente espera que esses pacientes sejam remanejados para o Hospital da Mulher e o Metropolitano para poder livrar o HGE. Há risco de contaminação, mas a gente não tem como recusar o paciente”, declarou Marcos Holanda, presidente do sindicato. “Apesar de entender a letalidade do vírus, principalmente nos pacientes que fazem parte do grupo de risco, é importante enfatizar que o HGE historicamente sempre teve um serviço subdimensionado (ou seja, um número de profissionais, em especial de enfermagem, incompatível com número de pacientes). Além de uma infraestrutura precária e a falta de política de capacitação de pessoal. Talvez esse seja o maior legado dessa pandemia: a importância de se investir no SUS e nos profissionais que o constituem”, informou o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren/AL), Reneé Costa.

Em nota, a Sesau informa que “o Hospital Geral do Estado (HGE) é uma unidade de portas abertas que recebe pacientes com síndromes gripais. Quando esses pacientes apresentam sintomas semelhantes ao Covid-19, eles são testados e encaminhados para outras unidades de referência. Esse é o entendimento e a orientação da Secretaria de Estado da Saúde no que diz respeito aos pacientes testados positivo no HGE”.

No boletim epidemiológico divulgado na última terça-feira (2) foram confirmadas mais mortes no HGE. Um idoso de 101 anos, outro de 75 anos e um homem de 53 anos, que não tinha registro de comorbidades. Além desses, um paciente de 68 anos, de Atalaia; uma mulher de 73 anos, que residia em Paripueira e outra de 34 anos, que morava em Arapiraca, também faleceram no Hospital Geral. O HGE aparece como uma das unidades com maior número de óbitos de pacientes infectados com o novo coronavírus, ficando atrás apenas das UPAs da capital e do interior e do Hospital da Mulher, que é referência para tratar pacientes com Covid-19.

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