Maceió,
Nº 5694
Cidades

CASOS ATINGEM IDOSOS, CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE ACORDO COM A SECRETARIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE MACEIÓ (SEMAS) - DE JANEIRO A MAIO - OS CENTROS DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) RECEBERAM 50 NOVOS CASOS DE PESSOAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIAS OU VIOLAÇÃO DE DIREITOS. ESTÃO SENDO ACOMPANHADOS 91 USUÁRIOS, DENTRE ELES CRIANÇAS OU ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA FAMILIAR, ABUSO SEXUAL, NEGLIGÊNCIA OU ABANDONO E DE TRABALHO INFANTIL, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VÍTIMAS DE

De acordo com a Secretaria de Assistência Social de Maceió (Semas) - de janeiro a maio - os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) receberam 50 novos casos de pessoas vítimas de violências ou violação de direitos. Estão sendo a

Por regina carvalho | Edição do dia 26/09/2020

Matéria atualizada em 26/09/2020 às 06h00

| Cortesia

De acordo com a Secretaria de Assistência Social de Maceió (Semas) - de janeiro a maio - os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) receberam 50 novos casos de pessoas vítimas de violências ou violação de direitos. Estão sendo acompanhados 91 usuários, dentre eles crianças ou adolescentes vítimas de violência familiar, abuso sexual, negligência ou abandono e de trabalho infantil, idosos e pessoas com deficiência vítimas de violência intrafamiliar, negligência e abandono e mulheres vítimas de violência. Segundo a coordenadora dos Direitos da Mulher da Semas, Daniela Lamenha, nesse período de pandemia vem crescendo o número de casos de violência contra idosos, crianças e adolescentes. “Em relação aos idosos, os casos maiores são de violência por abandono e violência financeira ou econômica, quando se apossam do cartão bancário do idoso, que acaba perdendo sua autonomia. Muitas crianças e adolescentes também estão sendo vítimas de estupro por parte de pais, padrastos ou parentes próximos”, disse. Daniela cita dados da Polícia Civil que apontam que, de março a agosto de 2020, foram 1.346 ocorrências de violência contra a mulher, com base na Lei Maria da Penha. “Na realidade os casos são maiores porque de 30% a 35% das mulheres que sofreram violência acabam desistindo de fazer o Boletim de Ocorrência”.

ESTUDO DA USP

“Os efeitos da pandemia na vida das mulheres, portanto, extrapolam a dimensão da doença em si, e intensificam desigualdades pré-existentes. A necessidade do isolamento social para conter a disseminação do vírus contribuiu para o distanciamento das mulheres de suas redes de apoio, em especial das mulheres pobres, negras, em situação de violência de gênero. Situações que normalmente já são ocultadas e dissimuladas, como as agressões físicas e psicológicas no ambiente doméstico, e os estupros e assédios de toda ordem acabaram ficando ainda mais invisibilizadas”, diz trecho da pesquisa do Núcleo de Violência da USP. RC

Mais matérias desta edição