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REGIÃO NORTE PREOCUPA DEFESA CIVIL; NÍVEL DO RIO MUNDAÚ SOBE MAIS DE 1,80M

A Região Norte de Alagoas, que compreende todo o litoral, tem preocupado a Defesa Civil Estadual porque há previsão de a localidade ter um volume de chuvas acima de 200 milímetros nos próximos dias. Os técnicos estão atentos e monitoram a situação em ca

Por Fábio Costa | Edição do dia 16/04/2021

Matéria atualizada em 16/04/2021 às 04h00

| : Divulgação

A Região Norte de Alagoas, que compreende todo o litoral, tem preocupado a Defesa Civil Estadual porque há previsão de a localidade ter um volume de chuvas acima de 200 milímetros nos próximos dias. Os técnicos estão atentos e monitoram a situação em cada município, sobretudo no trecho entre São Luís do Quitunde e Maragogi. Estas localidades, assim como Maceió, têm mais riscos de alagamentos, deslizamentos de barreiras e transbordo de rios. Por enquanto, segundo o tenente-coronel Moisés Pereira Melo, coordenador da Defesa Civil Estadual, não há ocorrências de grande vulto no interior. A capital é, agora, a cidade que mais registra problemas devido às chuvas. Mesmo assim, o gestor adianta que as equipes estão atentas e acompanham o cenário em todo o Estado, concentrando os olhares e os esforços para Maceió e os municípios da Região Norte. “Até agora, todos os rios que cortam os municípios do Litoral Norte estão dentro das calhas e não há previsão de transbordo. Porém, acreditamos que deva chover, nesta região, o mesmo volume do registrado na semana passada”, alertou o coronel Moisés. O temporal mais recente provocou o transbordamento do rio Jacuípe, por exemplo. Chove também na Zona da Mata e no Agreste do Estado, porém com menor intensidade. A Defesa Civil Estadual atua em ocorrências de maior expressividade, que exijam o suporte do Estado, e, no dia a dia, trabalha dando assistência às equipes municipais, como é o caso de Maceió.

RIO MUNDAÚ

O Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) atualizou, nesta quinta-feira (15), as informações do Sistema de Alerta Hidrológico (SAH) da Bacia do Rio Mundaú, que entrou em operação no último final de semana. De acordo com os dados do monitoramento, o nível subiu e deve atingir a cota de alerta de 3,50 metros na cidade de União dos Palmares, em Alagoas. A elevação do nível se deve ao expressivo volume de precipitações registrado em 24 horas. Em algumas cidades cobertas pela Bacia, como Murici e Santana do Mundaú, choveu mais de 60 milímetros. Em União, o volume chegou a 41,1 mm de chuva, segundo informações da Defesa Civil Municipal. Conforme a pesquisadora do Serviço Geológico do Brasil, a engenheira hidróloga Keyla Almeida dos Santo, a operação do SAH do Mundaú está em estado de atenção devido à previsão do rio atingir a cota de alerta, que representa grande risco de ocorrer uma enchente. “Na noite de ontem (14) em União dos Palmares, às 21h45, a cota do rio estava em aproximadamente em 1,40m. Já na manhã de hoje, às 9h, registramos uma cota de 3,26m. Ou seja, subiu mais de 1,80m nas últimas 12h. Esse volume é próximo à cota de alerta, de 3,50 metros, portanto as autoridades locais foram alertadas sobre a situação da Bacia”, detalhou a pesquisadora. A operação do SAH do Mundaú é realizada em parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA), a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH-AL) e a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC-PE), com início no último dia 10 de abril e previsão de conclusão em 16 de agosto. Lançado em 2017, o monitoramento acompanha oito estações de coletas de dados hidrometeorológicos instaladas na Bacia do rio Mundaú. Embora haja o acompanhamento em todos estes pontos, o Sistema vai alertar, sobretudo, os municípios de Murici e União dos Palmares, onde a Bacia apresenta pontos mais críticos. No período chuvoso, é nessas cidades onde o nível do rio tem elevação mais célere.

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