Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 0
Cidades

EM ALAGOAS, COVID JÁ CAUSA 3 VEZES MAIS MORTES QUE A VIOLÊNCIA

No primeiro trimestre deste ano, 1.035 alagoanos morreram em consequência da doença; já as vítimas de criminosos foram 316

Por Hebert Borges | Edição do dia 17/04/2021

Matéria atualizada em 17/04/2021 às 04h00

| Assessoria

A Covid-19 matou mais alagoanos do que a violência durante o primeiro trimestre de 2021. Dados do Portal da Transparência do Registro Civil e da Segurança Pública (SSP) mostram que 1.035 pessoas faleceram em decorrência da infecção pelo coronavírus nesse período, ante 316 vítimas de criminosos.

Os números do Portal da Transparência do Registro Civil mostram que foram 5.134 óbitos no Estado durante o primeiro trimestre de 2021, sendo que as mortes por Covid-19 representam 20% desse número. Ou seja, a cada 10 mortes em Alagoas, duas são por Covid-19. Enquanto março foi o mês em que a violência fez menos vítimas, a situação foi inversa quando o assunto foi a Covid-19. Março foi o mês mais letal da doença este ano em Alagoas. No número geral de óbitos, março foi o mês mais letal, foram 2.082 vidas perdidas em Alagoas. Na 14ª Semana Epidemiológica, que compreende o período entre 5 a 11 de abril, Alagoas bateu o recorde de mortes em uma única semana, desde o início da pandemia, por complicações da Covid-19. Foram 160 vidas perdidas no período. O maior número registrado até então havia sido de 158 óbitos, na 23ª Semana Epidemiológica de 2020. A tendência, após o marco, é de uma caminhada de redução no número de casos e óbitos, segundo análise do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o Enfrentamento da Covid-19 (OAPPEC). “Por outro lado, há uma leve tendência de queda no número de casos. Pelo histórico observado até aqui, o controle começa pelos casos e depois se reflete na redução de casos graves e óbitos”, afirma Gabriel Bádue, coordenador do Observatório. Pela primeira vez desde outubro de 2020, o número reprodutivo efetivo (Rt) da Covid-19 ficou abaixo de 1, uma evidência de que as medidas de isolamento social em vigor estão contribuindo para o controle da transmissão. Na avaliação dos pesquisadores do OAPPEC, a ocupação hospitalar justifica a manutenção das atuais medidas de isolamento social para que seja possível uma redução nos números nas próximas semanas.


BOLETIM

Alagoas registrou, na sexta-feira (16), mais 23 mortes por Covid-19 e 597 casos confirmados. O estado tem, oficialmente, 164.404 infectados e 3.921 óbitos, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Treze vítimas residiam em Maceió e dez no interior, que tinham de 23 a 94 anos. Há, em Alagoas, 2.930 pessoas em isolamento domiciliar, 156.735 recuperados da doença e 9,7 mil casos em investigação laboratorial. Além de Maceió, as mortes confirmadas também são de vítimas que residiam em Olho d’Água das Flores, Arapiraca, Viçosa, Roteiro, Flexeiras, São José da Tapera, Paripueira e Traipu. “Em relação ao quadro total de óbitos em Alagoas, estão confirmados 3.921 óbitos por Covid-19, mas, oito deles, eram de pessoas residentes em Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Bahia, tendo como vítimas seis homens e duas mulheres. Dos 3.913 óbitos de pessoas residentes em Alagoas, 2.187 eram do sexo masculino e 1.726 do sexo feminino. Eram 1.804 pessoas que residiam em Maceió e as outras 2.109 moravam no interior do Estado”, aponta o Centro de Informações Estratégicas .de Vigilância em Saúde (Cievs), da Sesau. As vítimas de Maceió eram seis homens de 23, 73, 76, 79, 81 e 94 anos e sete mulheres, sendo uma de 63, uma de 69, três de 75, uma de 84 e uma de 91 anos. Em relação as 10 pessoas que residiam no interior, eram cinco homens de 62, 66, 68, 72 e 79 anos e cinco mulheres de 38, 57, 64, 68 e 74 anos.

Mais matérias desta edição