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COVID JÁ VITIMOU 43 CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ESTADO

A letalidade da pandemia de Covid entre crianças e adolescentes é pequena. A maioria dos casos, entre indivíduos dos 0 aos 19 anos, desenvolvem pouca gravidade. Mesmo assim, os cuidados com os mais novos frente à infecção são essenciais, assim como para t

Por regina carvalho | Edição do dia 12/06/2021

Matéria atualizada em 12/06/2021 às 04h00

| Ascom HGE

A letalidade da pandemia de Covid entre crianças e adolescentes é pequena. A maioria dos casos, entre indivíduos dos 0 aos 19 anos, desenvolvem pouca gravidade. Mesmo assim, os cuidados com os mais novos frente à infecção são essenciais, assim como para toda a população em geral. Em Alagoas, essa faixa de idade representa 19.344 casos positivos, dos quais 6.407 são crianças menores de 10 anos de idade. Os cinco primeiros meses de 2021 concentram 47% desses casos, com 9212 testes positivos, dos quais 3175 são menores de dez anos. Os dados são do Painel Covid-19 em Alagoas, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Desde o início da pandemia, 43 crianças e adolescentes foram a óbito por complicações da doença. 18 óbitos já neste ano. Os números representam 0,8% das mortes em Alagoas. Na capital, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, dos 5343 casos positivos nessa faixa de idade, 300 foram de crianças menores de um ano de idade. Dessas, 3 vieram a óbito. Foram 15 óbitos de pessoas entre 0 e 19 anos por covid em Maceió. Dos 16 leitos disponíveis na UTI pediátrica do Hospital Geral do Estado (HGE), apenas um leito está ocupado. No Hospital da Mulher, referência do estado, cinco dos 10 leitos da UTI pediátrica estão ocupados. E, dos cinco leitos clínicos disponíveis, dois estão em uso. Desde o início da pandemia, 144 crianças, 44 menores de um ano de idade e 73 crianças antes dos 10, foram internadas na capital em decorrência de síndrome respiratória aguada grave. Mesmo assim, os especialistas salientam que o pânico não é necessário. Em sua maioria, os casos evoluem sem nenhuma complicação e, em poucos dias, a criança já tem a saúde reestabelecida. Mas, mesmo em menor número, não deixa de haver casos que pedem internação. Segundo a presidente da Sociedade Alagoana de Pediatria, Ana Carolina de Carvalho, a piora do quadro geralmente está associada à presença de comorbidades, como cardiopatias, pneumopatias, síndrome de Down, doenças reumatológicas e paralisia cerebral. Uma maior vulnerabilidade está associada também à idade da criança. Quanto menor, mais frágil é o organismo. “Crianças menores de um ano, ou nascidas prematuras, tem maiores risco de um quadro mais grave. Por isso, deve-se respeitar todos os protocolos de segurança sanitária. Evitar festas, parquinho, ou até mesmo creche e a escolinha se a criança está em um dos grupos mais vulneráveis”, explica a médica. Ela salienta ainda que, por maior que seja a sensibilidade dos pais a qualquer sintoma, o quadro geral é de menor suscetibilidade. “Em sua maioria, os quadros evoluem rápido e, mesmo com internação, devido qualquer sintoma que precise de acompanhamento, em alguns dias a criança já está em casa”, ela tranquiliza. No entanto, a médica lembra que, em qualquer circunstância, todas as medidas protetivas precisam ser seguidas. “Os pais não podem se desligar. Não é preciso pânico, mas sim que se mantenham no uso da máscara para as crianças maiores de dois anos, evitar qualquer tipo de aglomeração e ensinar a passar o álcool nas mãos”, reafirma. INTERNAÇÕES “Registramos sim um aumento dos casos em crianças, mas isso está associado à um aumento geral de todos os casos”, esclarece o pediatra Oscar Presmich, que atende pela Santa Casa de Maceió. Ele explica que as internações estão geralmente ligadas a complicações como diarreias, febre prolongada ou quadros de síndrome gripal. “Se há algo em que os pais precisam estar atentos é ao estado febril dos seus filhos. Dentro ou fora do cenário da pandemia, uma febre alta e prolongada precisa ser acompanhada por um pediatra. Os casos em geral estão crescendo e nós precisamos estar atentos aos sinais e se proteger do vírus”, destaca o médico. Na Santa Casa de Maceió, no Farol, os seis primeiro meses de 2021 já ultrapassaram todo o ano de 2020. Só neste ano, já foram registrados 52 casos de Covid-19 em crianças menores de 14 anos de idade, dos quais 17 precisaram de internação. Em 2020, foram 43 casos confirmado e apenas 7 internações.

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