Passadas as restrições impostas pela Covid-19, os jangadeiros alagoanos que trabalham nas praias de Maceió estão otimistas, mas pedem que o trade turístico divulgue mais o passeio até às piscinas naturais. Atualmente, o passeio custa R$ 50 por pessoa.
Jangadeiro há mais de 25 anos, Madsan Santos Reis, conhecido como Miler, conta que durante a pandemia viveu momentos difíceis. “Recebemos ajuda dos empresários e da Colônia dos Pescadores com cesta básica no período em que ficamos parados”.
Com a retomada e a chegada do verão, os jangadeiros pedem que as empresas, empresários e o trade passem a indicar o passeio às piscinas naturais. “Agora, o que precisamos é que os empresários nos ajudem indicando, divulgando, trazendo os turistas para o passeio porque o que acontece é que muitos oferecem os passeios para os litorais Sul e Norte, mas não incluem a piscina natural”. A embarcação comporta até seis pessoas e o passeio saia R$ 50 por pessoa. No local, os turistas e alagoanos podem ver peixes, mergulhar em piscinas naturais, fazer mergulho, tirar fotos subaquáticas, e há também embarcações que comportam bebidas e alimentos. Edivaldo Pedro Martins, conhecido como Queixinho, conta que o trabalho dos jangadeiros está um pouco apagado. “Aqui é a capital e deveria ser mais divulgada. A estrutura melhorou um pouco, com a instalação dos banheiros, que era reivindicação das pessoas que aproveitam a praia”. RECADASTRAMENTO A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) está fazendo o cadastramento dos profissionais de jangadas e jangadas-bar que atuam na capital, entre os dias 6 e 10. Essa renovação anual e novas inclusões para a realização da atividade econômica. O procedimento obrigatório busca garantir segurança no transporte aquaviário. Maria Aparecida da Silva, presidente da Colônia dos Pescadores Z01 Almirante Jaceguay conta que o recadastramento é para regularizar a situação dos jangadeiros e também controlar o serviço. “Por conta dos corais, número de pessoas para ir até as piscinas, pessoas que compraram jangadas e não são jangadeiros. Foi dado um curso pela secretaria de turismo, SMTT, Marinha do Brasil, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros para os jangadeiros”. A presidente conta, ainda, que atualmente, 60% dos jangadeiros são pescadores e 40% não pescam. Para a atualização, os jangadeiros deverão comparecer à sede da Colônia dos Pescadores Almirante Jaceguay, localizada na Rua Jangadeiros Alagoanos, 925, na Pajuçara. Quem já é cadastrado pagará apenas a taxa de renovação anual no valor de R$ 55,81. Já as novas inclusões de profissionais têm um acréscimo outros R$ 8,86. Na ocasião, os profissionais precisam apresentar originais e cópias do RG e do CPF, comprovante de residência, duas fotos 3×4, certidão criminal negativa da justiça federal e estadual, carteira de filiação à Colônia de Pescadores Z-1 com declaração, cópia da Carteira de Inscrição e Registro (CIR) emitida pela Capitania dos Portos de Alagoas e certificado do curso ofertado pela Secretaria Municipal de Turismo (Semtel). “Essa atualização é anual e acontece para que a SMTT tenha uma certificação de que os profissionais estão aptos para o transporte de passageiros, sobretudo por estarmos chegando na alta temporada, quando há uma maior movimentação de turistas e de passeios aquaviários aqui na capital. Desta forma, é imprescindível que os transportes que atuam nas orlas marítima e lagunar estejam devidamente regularizados”, explicou a assessora de controle de Delegações da SMTT, Barbara Pinto.