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OBESIDADE SOBE EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS, APONTA ESTUDO PEDRO FIRMINO ESTAGIÁRIO A OBESIDADE CRESCE DE FORMA ALARMANTE EM ALAGOAS EM TODAS AS FAIXAS ETÁRIAS. ESTUDO DESENVOLVIDO PELO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (SISVAN) EM 2019 OBSERVOU QUE, DAS PESSOAS ACOMPANHADAS NO ESTADO, 29,4% FORAM DIAGNOSTICADAS COM A CONDIÇÃO MÉDICA. ESSES DADOS, COMPARADOS AOS DE 2010, COMPROVAM AS DIMENSÕES DO PERIGO PARA A POPULAÇÃO ALAGOANA, COMO ANALISA A MÉDICA ENDOCRINOLOGISTA E PROFESSORA DA U

A obesidade cresce de forma alarmante em Alagoas em todas as faixas etárias. Estudo desenvolvido pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) em 2019 observou que, das pessoas acompanhadas no estado, 29,4% foram diagnosticadas com a condiçã

Por Pedro Firmino (estagiário) - com assessoria | Edição do dia 21/05/2022

Matéria atualizada em 21/05/2022 às 04h00

A obesidade cresce de forma alarmante em Alagoas em todas as faixas etárias. Estudo desenvolvido pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) em 2019 observou que, das pessoas acompanhadas no estado, 29,4% foram diagnosticadas com a condição médica.

Esses dados, comparados aos de 2010, comprovam as dimensões do perigo para a população alagoana, como analisa a médica endocrinologista e professora da Unit/AL, Priscilla Alves. “A prevalência de sobrepeso foi de 30,8% e de obesidade 14,6% em 2010. Já em 2019 esses numeram subiram para 34,6% e 29,4%. Desde então, só cresce, inclusive nas crianças.”

De acordo com a médica, cerca de 8,55% de crianças menores de 5 anos estão acima do peso em 2022. Os números são mais altos entre adolescentes, com 12,27% obesos e 18,79% em sobrepeso.

A Organização Mundial da Saúde divide a gravidade da obesidade entre adultos em três níveis diferentes, conforme o índice de massa corporal (IMC). “Na população adulta, são 34.9% com sobrepeso, 21,26% com obesidade Grau I, 8,22% com obesidade Grau II e 3,85% com obesidade Grau III”, explica Priscilla.

A médica informa que as principais causas da obesidade estão vinculadas à alimentação e ao estilo de vida. Em resumo, quantidade de calorias ingeridas, exercícios e hábitos. "A principal causa de obesidade é o desbalanço entre a ingesta alimentar e o gasto energético, fazendo com que o excesso de calorias vire acúmulo de gordura", destaca a endocrinologista.

Já as opções de tratamento são diversas. Elas vão desde alterações da dieta, aumento da atividade física, hábitos de vida saudáveis e, caso o paciente não consiga atingir sozinho isso, há tratamentos com remédios. "Nos casos de obesidade grave, podemos prescrever medicamentos antiobesidade ", diz Priscilla.

No entanto, há outras opções, como o tratamento cirúrgico, também chamado de cirurgia bariátrica.

CIRURGIA

O procedimento, que é buscado por muitos, teve de parar ao redor do mundo por quase dois anos em razão da pandemia. Com as filas cirúrgicas paradas, houve consequências negativas para os pacientes que aguardavam.

Segundo a endocrinologista, em Alagoas, há um programa para listagem de pacientes que desejam realizar o processo cirúrgico. Ela frisa, no entanto, que os interessados precisam de cuidado especializado prévio, durante e após o procedimento. Deve-se procurar um especialista para manter a saúde e evitar alguma falta nutricional.

"É importante frisar o acompanhamento por um endocrinologista durante todo o processo de emagrecimento, durante a preparação pré-cirúrgica, e em especial no pós-operatório para tentar controlar os déficits nutricionais que podem ser causados pela cirurgia", completa.

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