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Maceió,
Nº 5692
Pandemia

COVID CAI PARA 7º LUGAR ENTRE AS DOENÇAS QUE MAIS MATAM EM AL

Segundo levantamento, 2.437 vítimas não resistiram à Covid no ano passado e 377 este ano, queda de 84%

Por Regina Carvalho | Edição do dia 02/07/2022

Matéria atualizada em 02/07/2022 às 04h00

Segundo informe, Maceió tinha 3.395 casos suspeitos de Covid-19 sob investigação
Segundo informe, Maceió tinha 3.395 casos suspeitos de Covid-19 sob investigação | Assessoria

Comparando-se o primeiro semestre de 2022 com o de 2021, a Covid caiu da primeira para a sétima colocação entre as doenças que mais mataram em Alagoas. Os dados foram reunidos pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de Alagoas (Arpen/AL) e retratam momentos da pandemia do novo coronavírus..

Ainda segundo o levantamento, 2.437 vítimas não resistiram à Covid no ano passado e 377 este ano, uma queda de 84%. Em relação de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ocorreram 123 óbitos no primeiro semestre de 2022 e 151 em 2021. De janeiro a junho de 2022, as três doenças que fizeram mais vítimas foram, na sequência, pneumonia (1.203); septicemia (1.196) e problemas cardiovasculares inespecíficos (790). Já em 2021, depois da Covid, a septicemia fez mais vítimas: 791; as doenças cardiovasculares 746 e de SRAG 151 pessoas não resistiram no estado. A septicemia também é conhecida como sepse e trata-se de uma condição de resposta exagerada a uma infecção no corpo, seja por bactérias, fungos ou vírus, que acaba causando disfunção orgânica, ou seja, que dificulta o funcionamento do corpo. De acordo com os dados da Coordenação Geral de Epidemiologia, por meio da Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria Municipal de Maceió (SMS), em Maceió, o número de óbitos acumulados pela Covid-19 começou a cair com o avanço da vacinação, iniciada em janeiro de 2021. A Secretaria de Saúde de Maceió destacou que em 2020 o número médio de óbitos acumulados era de 130. Em 2021, esse número ficou em 110 mortes acumuladas em média e no ano de 2022, caiu para 60 até a semana epidemiológica 23, que teve início no dia 5 de junho, quando Maceió passou a não registrar mais pico de óbitos pela doença, como nos anos anteriores. Até o último Informe Epidemiológico Covid-19, de 21 de junho, Maceió tinha 3.395 casos suspeitos de Covid-19 sob investigação. “Os sintomas tendem a ser mais leves em pessoas que receberam a vacina contra Covid-19 com o esquema básico de 1 ou 2 doses e, pelo menos, mais um reforço, a depender de qual vacina recebeu. Essas pessoas podem ter a infecção e apresentar a forma assintomática ou com sintomas leves da infecção, como dor de garganta, obstrução nasal, tosse, febre e fraqueza. Porém precisamos lembrar que a resposta imunológica a qualquer vacina, não só a de Covid, varia de pessoa para pessoa”, destaca a médica Claudiane Bezerra, infectologista do Pam Salgadinho.

A infectologista acrescenta que “naquelas pessoas que têm algum grau de depressão do sistema imunológico, seja por alguma doença de base, tratamento ou pelos extremos de idade, as chances de as vacinas serem menos eficazes são maiores, por isso para esses grupos o esquema de vacina costuma ser diferente e necessitar de número maior de doses de reforço”.

De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, até a última quinta-feira (30), Alagoas registrou 6.953 mortes provocadas pela Covid. Do total desses óbitos, quase 1,4 mil eram idosos com 80 anos ou mais; seguido da faixa dos 70 aos 79 anos, com 1.629 vítimas e 1.591 pessoas que tinham de 60 a 69 anos. Esse grupo de idosos representa 66% dos óbitos registrados no estado. O levantamento da Sesau aponta que 42 vítimas eram crianças de até 10 anos. Na faixa dos 10 aos 19 anos, 34 não resistiram às complicações da doença.

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