PODER SEM PUDOR: Um baiano nos pampas
Reza o folclore político que o gaúcho Getúlio Vargas arrumou encrenca com o general Flores da Cunha, em 1937, ao nomear o general Daltro Filho, soteropolitano, interventor no Rio Grande do Sul. “Que fizeste, Getúlio? Tu és um renegado!” Getúlio reagiu com naturalidade: “Ora, Flores, se um gaúcho pode governar o Brasil, por que um baiano não pode governar o Rio Grande?”
Lula e Dilma condecoraram ditadores e corruptos
A condecoração de Lula (PT) ao tirano deposto da Síria e a recepção de chefe de Estado ao ditador Nicolás Maduro durante mera visita de trabalho não foram casos isolados de bajulação a figuras abomináveis. A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, mais alta condecoração brasileira, foi usada por Lula para homenagear também o francês Nicolás Sarkozy, que acabaria preso por corrupção, assim como Dilma Rousseff o fez, em 2015, a Cristina Kirchner, argentina também sentenciada por ladroagem.
Até o ‘carniceiro’
A condecoração a Bashar Al-Assad, o “carniceiro de Damasco”, com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, cobriu a diplomacia de vergonha.
Agressor premiado
O ex-presidente argentino Alberto Fernández, indiciado por agredir a ex-mulher e suspeito de corrupção, também foi condecorado por Lula.
Honraria a Fujimori
O tucano FHC também fez a presepada de conceder a Ordem do Cruzeiro do Sul ao peruano Alberto Fujimori, que cumpriu longa pena.
Anulações difíceis
O Senado anularia, em 2002, a comenda de Fujimori, mas a honraria ao “carniceiro”, proposta por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), não anda.
PT não quer nem saber de Alckmin assumir o cargo
A cirurgia de Lula no cérebro confrontou o PT com seu maior fantasma: a posse do vice, Geraldo Alckmin. Já aconteceu antes em sua trajetória, quando vice de Mário Covas, falecido no cargo. Os petistas até toleram, mas não confiam em Alckmin. Ontem cedo, com aval de Janja, “ministros da casa” plantaram que Lula não se afastaria do cargo. Ele está na UTI, incapacitado de tomar decisões, mas o vice foi impedido de exercer seu papel constitucional. Alckmin não reclama. Coisa de quem sabe esperar.
Vice de fato
Ao vice são confiados só fatos irrelevantes, como ontem, no Rio, com o premiê eslovaco. A “vice” Janja representa Lula em eventos midiáticos.
Ela se impõe
Janja se impôs para representar o relutante marido na visita à tragédia gaúcha, em setembro de 2023, e na abertura das Olimpíadas de Paris.
Virou piada
A “vingança” ficou por conta dos criadores de memes, das montagens mostrando o vice “atleta” alongando ou posando com faixa presidencial.
Osmar tinha razão
Há 47 dias, ao Diário do Poder, o deputado e médico Osmar Terra (MDB-RS) alertou para o risco de piora no quadro de saúde de Lula em razão da queda no banheiro. Não deu outra.
Foi chocante
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco saíram impactados da reunião em que Lula começou a apresentar sintomas da hemorragia cerebral que o levou à cirurgia. Meio devagar, o presidente chegou a dormir durante a reunião.
Não faz tempo
A expectativa é que o Comitê de Política Monetária aumente a nova taxa Selic em 0,75% a 1 ponto percentual. A última vez que houve aumento da taxa em mais de 0,75 ponto foi em maio do ano eleitoral de 2022.
Veja bem
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, deveria começar dando o exemplo e obrigando o uso de câmeras corporais pelos policiais que fazem a segurança dos ministros do STF.
Salgou o churrasco
Coitado de quem espera pela promessa de “churrasco e cervejinha”: o preço do grupo “alimentação e bebidas” foi o que mais subiu em novembro, diz o IBGE. Só o preço das carnes subiu mais de 8%.
Haddad desagradou
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) conseguiu o improvável com o corte de gastos fake: uniu direita e esquerda para descer a borduna na proposta. Esta semana, a turma do PSB apresenta projeto alternativo.
Empréstimo é dívida
O Senado autorizou três Estados a captarem empréstimos no exterior. Bahia, governada pelo PT, fará dois com o BID e o Fida; Ceará (PT) vai pegar dinheiro do Bird; e Paraíba, governada pelo PSB, com o Banco dos Brics. No total, serão mais de US$ 705 milhões.
Baixa motivação
Foi cancelado debate na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, ontem (10), sobre o impacto das apostas on-line no endividamento da população e na política de juros. Não há nova data para a discussão.