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Pandemia

AMBULANTES DA ORLA NÃO TÊM CAPACIDADE DE GIRO

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Por thiago gomes | Edição do dia 11/07/2020

Matéria atualizada em 11/07/2020 às 06h00

Sem permissão para trabalhar desde o dia 20 de março, os ambulantes, pequenos comerciantes e prestadores de serviços da orla de Maceió dizem que estão no sufoco. O negócio depende, diretamente, do movimento nas praias, que, somente na semana passada, voltou a ser autorizado, mesmo assim com muitas restrições. Erisvaldo Nascimento, conhecido como Seis Horas, trabalha na praia de Pajuçara há 11 anos com aluguel de cadeiras para os banhistas. Ele conta que só está se mantendo graças à solidariedade dos amigos.

“A coisa não está fácil e a dificuldade é de todos que trabalham na praia. O nosso capital de giro acabou e eu não sei, sinceramente, como será o recomeço. Sabemos que a o isolamento foi necessário, a doença é grave, mas acreditamos em Deus que tudo isso vai passar o mais rápido possível e a gente possa reiniciar a nova era de uma forma mais confiante”, avalia.

Ele disse que, no início da quarentena, teve uma ideia que atenuou a grave crise. “Consegui manter a minha equipe com a iniciativa de locar a cadeira hoje para somente desfrutar depois. É muito pouco, claro, e não é suficiente, mas está dando para se virar, juntamente com as doações de cestas básicas que recebemos”, revelou.

Outro prestador de serviço, Ernande Ferreira Vieira confirmou o quadro crítico dos colegas de batente e informou que vai cobrar, do Governo do Estado e da Prefeitura de Maceió, uma ajuda financeira aos que trabalham na areia da praia. “Muitos não conseguiram o auxílio emergencial do Governo Federal e precisam se manter. Por isso, vou tentar marcar com o secretário estadual de Turismo para pedir uma ajuda de até 400 reais aos ambulantes da orla” TG.

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