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Pnad

NÚMERO DE DOMÉSTICOS EM ALAGOAS VOLTA A NÍVEIS DE PRÉ-PANDEMIA

No primeiro trimestre deste ano, Estado contava com contingente de 76 mil trabalhadores domésticos

Por Hebert Borges | Edição do dia 20/05/2022

Matéria atualizada em 20/05/2022 às 04h00

60 mil trabalhadores domésticos de Alagoas atuam sem carteira assinada, aponta o IBGE
60 mil trabalhadores domésticos de Alagoas atuam sem carteira assinada, aponta o IBGE | agencia brasil


O número de trabalhadores domésticos em Alagoas voltou aos níveis de pré-pandemia, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada na última sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, até o fim do primeiro trimestre deste ano, Alagoas contava com um contingente de 76 mil trabalhadores domésticos. No mesmo período de 2019 era 75mil. Os números do IBGE apontam que desde o terceiro trimestre de 2020 a quantidade de trabalhadores domésticos tem aumentado em Alagoas, com pico registrado agora no primeiro trimestre de 2021. Entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, Alagoas ganhou 11 mil novos trabalhadores domésticos, uma alta de 17%. A Pnad aponta ainda que dos 76 mil trabalhadores domésticos ativos em Alagoas, 60 mil atuam sem carteira assinada, ou seja, sem nenhuma garantia trabalhista. Os que contam com registro em carteira são 16 mil. O IBGE aponta ainda que o rendimento médio desses trabalhadores recuou na comparação com o período pré-pandemia. Antes da pandemia, o rendimento médio dos trabalhadores domésticos de Alagoas era de R$ 812 e agora caiu para R$794, um recuo de 2% e perda de R$18. A renda mais baixa do período pré-pandemia até agora foi registrada no quarto trimestre de 2020, quando foi R$ 727.


CENÁRIO NACIONAL

Em todo o País, o número de trabalhadores domésticos continua abaixo do registrado no período pré-pandemia. São 5,6 milhões atualmente, ante 5,9 milhões no primeiro trimestre de 2019. Em nível nacional, a renda desses trabalhadores é de R$ 1.008. Apenas 25,0% tinham carteira de trabalho assinada no país. No geral, a taxa de desemprego do país no 1° trimestre de 2022 foi de 11,1%, ficando estável em relação ao 4º trimestre de 2021 (11,1%) e caindo 3,8 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (14,9%). Frente ao trimestre anterior, a taxa de desocupação ficou estável em 26 Unidades da Federação. A única queda foi no Amapá (-3,3 p. p.). As maiores taxas de desocupação foram as da Bahia (17,6%), de Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%) e as menores, de Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%). O percentual de empregados com carteira assinada era de 74,1% dos empregados do setor privado. Os maiores percentuais estavam em Santa Catarina (88,2%), São Paulo (82,4%), Rio Grande do Sul (81,1%) e os menores, no Maranhão (47,3%), Pará (51,3%) e Piauí (51,4%). O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 26,5%. Os maiores percentuais foram do Amapá (35,9%), Amazonas (35,7%) e Pará (34,6%) e os menores, do Distrito Federal (19,4%), Mato Grosso do Sul (22,3%) e São Paulo (23,6%). Dentre as unidades da federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,2%), São Paulo (82,4%), Rio Grande do Sul (81,1%) e os menores no Maranhão (47,3%), Pará (51,3%) e Piauí (51,4%).

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