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Nº 5693
Economia

CONAB ESTIMA QUEDA NA SAFRA DE GRÃOS EM ALAGOAS EM 2022

A safra alagoana de grãos 2021/22 se encaminha para um recuo de 1,8% na produção, segundo expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgada no último dia 8 deste mês. Ao todo, devem ser colhidas 209,6 mil toneladas, ante 213,5 mil tonel

Por Hebert Borges | Edição do dia 28/06/2022

Matéria atualizada em 28/06/2022 às 04h00

| Nealdo

A safra alagoana de grãos 2021/22 se encaminha para um recuo de 1,8% na produção, segundo expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgada no último dia 8 deste mês. Ao todo, devem ser colhidas 209,6 mil toneladas, ante 213,5 mil toneladas, uma defasagem de 3,9 mil toneladas.

Mesmo assim, a área plantada em Alagoas deve ter um aumento de 18% saindo de 83,8 mil hectares no ano passado, para 98,9 mil hectares esse ano. Já a produtividade deve cair 16,8%, saindo de 2.548 kg por hectare, para 2.119 kg por hectare.

Em todo Brasil a safra de grãos 2021/22 se encaminha para a conclusão e a expectativa da Conab é de um novo recorde, com uma produção estimada em 271,3 milhões de toneladas. O volume representa um incremento de 6,2% sobre a temporada anterior, o que significa cerca de 15,8 milhões de toneladas.

“A estimativa inicial da Companhia era de uma safra ainda maior quando, no primeiro levantamento, era esperada uma produção de 288,6 milhões de toneladas. Mesmo com a redução na expectativa em 6,4%, os agricultores brasileiros serão responsáveis pela maior safra da série histórica. O bom desempenho ocorre mesmo em um ano em que as culturas de primeira safra, principalmente soja e milho, foram afetadas pelas condições climáticas adversas registradas na região sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul”, destaca o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro.

Na atual temporada destaque para a recuperação de 32,3% na produção de milho. Com uma produção estável na 1ª safra do cereal, próximo a 24,8 milhões de toneladas, a 2ª safra do grão tende a registrar uma elevação de aproximadamente 45% se comparada com o ciclo anterior, passando de 60,7 milhões de toneladas para 88 milhões de toneladas.

“No entanto, ainda precisamos acompanhar o desenvolvimento das lavouras, principalmente nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Nesses locais, a cultura se encontra em estágios de desenvolvimento em que o clima exerce grande influência no resultado final. Considerando a segunda safra, cerca de 25,5% do milho do país ainda está sob influência do clima”, explica o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

De acordo com o Progresso de Safra, a colheita do cereal de 2ª safra está em fase inicial, sendo Mato Grosso o estado com a maior área colhida registrada.

“As primeiras lavouras têm apresentado bons rendimentos, pois foram semeadas em período ideal. Já a onda de frio, ocorrida em maio, formou geadas de maneira pontual no Paraná, Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, o que não afetou a produtividade total. O desempenho das lavouras, inclusive, melhorou nos estados paranaense e sul-mato-grossense, devido ao bom regime hídrico”, pondera De Zen.

Assim como no caso do milho, o clima frio não trouxe grande impacto na produção total para o algodão.

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