Gazeta de Alagoas
Pesquise na Gazeta
Maceió,
Nº 5693
JOSÉ ELIAS

CONFIRA OS DESTAQUES DA POLÍTICA ALAGOANA #JE24072021

.

Por JOSÉ ELIAS | Edição do dia 24/07/2021

Matéria atualizada em 24/07/2021 às 04h00

ARTHUR LIRA DEVE LEVAR MAIS DOIS OU TRÊS DENTRO DO AVIÃO

Tamanho das candidaturas vai avaliar a proporcionalidade das nove vagas à Câmara Federal dentro da nova legislação. Quem conquistar maior força nos partidos, sai na frente e elege representatividade expressiva. Agora, ano que vem, cada macaco no seu galho porque ninguém chegará aos cargos na carona dos que liderarão as chapas proporcionais.

Pela regra anterior, pequenos viravam gigantes na contabilidade que dividia votos apurados. Por exemplo, aliança mediana atingia o coeficiente e, nas contas, fazia um deputado federal ou estadual. Na legenda grande, muitos ficavam no banco de reserva, na suplência, mesmo obtendo uma votação que batia algumas siglas juntas no mesmo palanque.

Atual momento, um peixe graúdo arrasta uma série de filhotes que embarcarão na onda das águas. Arthur Lira, presidente de um poder nacional, pelo seu prestígio, leva mais dois ou três. Se entrarem no barco dele, Davi Davino, João Caldas e Jó Pereira podem encomendar a passagem de avião que garante viagem a Brasília, em primeira classe, com mordomias.


MARX E MARCIUS BELTRÃO NO DUELO PELO VOTO EM CORURIPE

Cada região tem suas particularidades políticas, colocando em confronto lideranças que tentam ser maiores do que as outras. No Norte, Fernando Sérgio Lira e Marcos Madeira travam um duelo em Maragogi, uma das principais cidades turísticas de Alagoas. Kel Freitas, atual prefeito, enfrenta o ex-governador Manoel Gomes de Barros em União dos Palmares.

O clima esquenta, provoca polêmicas, produz inimizades antes das eleições, nas campanhas agitadas. Ringue à parte em Coruripe, onde dois primos vão se confrontar na luta pelo controle do município. Deputado Marx Beltrão e Marcius Beltrão, ex-prefeito de Penedo, estarão em lados opostos, na queda de braços à Câmara Federal, numa briga entre famílias.

Fosse vivo, o cacique João Beltrão ditava regras e comanda o time que entrava em campo sem divisões. Era ele quem fazia a escalação, estava no gramado e ensinava como se fazia gols. Pulso forte, sempre concluía o jogo na frente, com atletas que obedeciam suas instruções e seguiam o esquema que traçava no vestiário, onde o respeito predominava.


MAURÍCIO QUINTELA PRIORIZA A VIDA DEPOIS DA MORTE DOS PAIS

A vida pública coloca uma máscara na cara dos que se apaixonam por ela, tirando os prazeres da vida. Engana os que pensam que a felicidade está nas viagens de avião, nas facilidades que ela proporciona e na sensação de autoridade. Muitos vestem a roupa com mandato falso e, no exercício dos cargos, desconhecem amigos e acham o poder eterno.

Mas existem os diferentes, que nascem dentro dele e não botam um rei na barriga, longe das vaidades. Maurício Quintella entrou lá naturalmente, chegou até a ser ministro dos Transportes e não mudou. Provou que para ser respeitado não precisa trocar a cara, provocar medo nos inocentes nem mentir nos discursos escritos da boca pra fora ou sem sentido. Depois de uma tragédia na família – perdeu a mãe e o pai – resolveu viver a vida como ela é, recomendada pela sabedoria. Neto do deputado Jorge Quintella, sobrinho do senador Teotônio Vilela, o menestrel das Alagoas, faz agora o que gosta. Voltou a cozinhar, tomar banho de mar, jogar futebol, dividir emoções com os companheiros e se dedicar aos filhos.

Mais matérias desta edição