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Maceió,
Nº 5693
Opinião

OS IMPACTOS DA PANDEMIA NA SEARA CRIMINAL

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Por Bruno Callado. advogado criminalista, pós-graduado em direito penal e processo penal, escritor e apresentador do quadro Penal News, pela TV Mar, canal 25 da Net | Edição do dia 04/06/2020

Matéria atualizada em 04/06/2020 às 06h00

Meses já se passaram e a quarentena, o isolamento social, o resguardo caseiro em prol da não disseminação e redução da propagação viral se perfaz ainda sem data prevista para uma possível retomada à normalidade.

Dentre tantos impactos, sejam financeiros, psicológicos, judiciais, trabalhistas; há também um elevado impacto no âmbito criminal. Imaginem as situações de crimes com cometimentos aumentados justamente pelo reflexo deste isolamento não facultativo. Vejamos: As famílias permanecem em suas residências, e a utopia seria a união fortalecida, a corrente que liga familiares servindo de energia positiva para se sobrepor às negatividades deste momento atípico. Bem assim acontece com várias famílias, mas em alguns casos, as diferenças podem vir à tona como infelizes e constantes desentendimentos ensejadores de crimes como agressões entre os entes, homicídios, entre outros delitos correlatos. Há também um aumento em crimes contra o patrimônio, e criminosos persistem com os ideais invertidos por se aproveitarem de estabelecimentos que se encontram fechados por determinações executivas, legislativas e judiciais, e acabam por cometerem delitos como roubos, furtos, dano, etc. Não se pode escantear a responsabilidade solidária no combate ao mal que assola a humanidade contemporânea. Os adágios “Juntos somos mais fortes”, “A união faz a força”, “Ninguém é forte sozinho”, “A soma de todos faz a diferença”, entre outros estão sendo de grande pertinência e valia no abastecimento diuturno para enfrentamento dessa batalha generalizada que vem enfraquecendo, perdendo força graças à esta união toda. Continuemos, cada um fazendo o seu, e juntos fazendo um todo necessário para a estagnação e fim desta desgraça que logo, com fé em Deus, há de ser apenas um passado não merecedor de lembrança.

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