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Opinião

DINAMISMO

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Por Editorial | Edição do dia 06/08/2022

Matéria atualizada em 06/08/2022 às 04h00

Levantamento feito pelo Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, mostra que as micro e pequenas empresas puxaram a criação de empregos formais no primeiro semestre. Do cerca de 1,33 milhão de postos de trabalho formais criados no Brasil de janeiro a junho, 961,2 mil, o equivalente a 72,1% do total, originaram-se em pequenos negócios.

Segundo o Sebrae, o desempenho das MPE é bastante superior ao das médias e grandes empresas, que abriram 279,1 mil vagas nos seis primeiros meses de 2022. Apenas em junho, os negócios de menor porte foram responsáveis pela abertura de 63,6% das vagas formais no mês, com 176,8 mil de um total de 277,9 mil postos de trabalho criados no mês passado. As médias e grandes empresas abriram 73,9 mil vagas (26,6% do total). Não há dúvidas de que as MPEs são agentes econômicos muito flexíveis, que proporcionam dinamismo ao mercado e representam um fôlego extra para o País, pois atuam em todos os setores de atividade. Além disso, são a grande porta de entrada dos jovens no mercado de trabalho e alternativa para aqueles já passaram dos 40 anos. Entretanto, por estarem inseridas num cenário de muito competição, as MPEs costumam apresentar altas taxas de mortalidade. Isso se deve a vários fatores, como falta de planejamento, deficiência de gestão, falta de políticas públicas. Por isso, cada vez mais as micro e pequenas dependerão da qualidade, da produtividade e da inovação. Nesse contexto é preciso destacar a atuação do Sebrae, entidade que, no governo do presidente Fernando Collor, foi transformado num organismo para levar gestão para as MPEs. Dada a sua importância, as micro e pequenas empresas precisam receber dos governos – federal, estaduais e municipais – uma atenção especial. É preciso incentivar e qualificar os empreendimentos de menor porte, inclusive os microempreendedores individuais. Todo esse conjunto de pequenos negócios é decisivo para a economia brasileira, mais ainda nesse momento de turbulência e retração.

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