Levantamento divulgado ontem pelo IBGE mostra que, em 2022, o Brasil registrou a quarta redução consecutiva no número de nascimentos, que atingiram o menor patamar desde 1977, ou seja, em 45 anos. Os dados reforçam o fenômeno da redução da natalidade e da fecundidade no País, já sinalizada pelos últimos censos demográficos.

A taxa de natalidade é o principal dado usado na previsão de envelhecimento populacional. Entre 2010 e 2022, a população idosa no Brasil – pessoas com 65 anos ou mais – cresceu 3,5 pontos percentuais, saindo de 7,4% para 10,9%.

Os impactos do envelhecimento da população são muitos. As pessoas idosas têm mais necessidade de cuidados – inclusive acessibilidade e mobilidade urbana – e há aumento de gastos nas áreas de saúde e previdência e diminuição de pessoas no mercado de trabalho.

Dessa forma, o cenário do Brasil é desafiador. O País precisa se preparar com urgência para essa realidade e promover um amplo debate social e político sobre o assunto. É preciso compreender o que está acontecendo e elaborar políticas públicas adequadas. Não há tempo a perder.