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Nº 5710
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HÁ PERIGOS NA ESQUINA E EM SEUS TRAJETOS

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Por Paulino Fernandes de Lima – defensor público e professor | Edição do dia 08/05/2024

Matéria atualizada em 08/05/2024 às 04h00

Ainda nem chegamos à metade do ano, mas os números que marcam as ocorrências de trânsito, em geral, já despontaram alarmantemente, sinalizando no amarelo.

No mês em que se deflagra a Edição 2024, da Campanha “Abril Amarelo”, sob o título “Paz no trânsito começa com você”, há muitas questões, em matéria de trânsito a serem tratadas, que já não se circunscrevem às de décadas passadas, em que a preocupação era basicamente a observância às regras de trânsito.

Atualmente, um dos fatores que mais desafia às autoridades e à sociedade em geral é o desenfreado número de veículos que circulam nas ruas. Para se ter uma dimensão de quão esse fator contribui para o aumento dos casos de ocorrências negativas no trânsito, basta se fazer um comparativo entre o quantitativo de veículos licenciados hodiernamente com o de décadas passadas.

Além disso, outras questões também contribuem negativamente, tais como: 1º) o tendencioso comportamento humano de que hoje se pode fazer tudo, abandonando o antigo respeito que se tinha nas relações em sociedade - isso foi amplamente alimentado pela certeza de impunidade quando do cometimento de crimes no trânsito; 2º) as propagandas e publicidades de veículos enfatizam sempre a potência e a velocidade a que os motores podem atingir, incentivando, claramente, a se dirigir em alta velocidade; 3º) a ausência de sinalização adequada e mais austera, que possa conjugar educação e punição ao dirigir veículo, com infringência às regras; a prática de dirigir utilizando aparelho celular ou outras mídias eletrônicas - adverte-se que direção e álcool não combinam, mas esquecem de reafirmar que direção e telefone, também não; 4º) a falta de educação berçária na humanidade, cada vez mais criada com maus exemplos, dentro de casa.

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