Diante de um cenário onde mais de 713 milhões de pessoas enfrentaram a fome em 2023 em todo o mundo, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada ontem pelo Brasil na cúpula do G20, no Rio de janeiro, é uma iniciativa a ser destacada.
Com a adesão inicial de 82 países, o pacto não apenas reafirma o compromisso com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), mas também consolida o protagonismo brasileiro na luta contra as desigualdades globais.
A meta ambiciosa de alcançar 500 milhões de pessoas não deve ser vista como utopia, mas como uma necessidade premente em um mundo onde uma em cada 11 pessoas vive sem acesso ao alimento suficiente. A liderança do Brasil nesse projeto é simbólica e estratégica, pois conecta a tradição de políticas sociais inclusivas do País com uma agenda global de solidariedade e cooperação.
No entanto, o sucesso da Aliança dependerá de mais do que intenções nobres. Será fundamental garantir a governança eficaz da iniciativa, o engajamento contínuo dos países-membros e a mobilização de recursos concretos. Mais do que números, trata-se de vidas.