Você já se sentiu com fome o tempo todo, mesmo após ter feito uma refeição completinha? Essa sensação de descontrole alimentar pode ter raízes mais profundas do que a simples vontade de comer.
Além da famigerada gula, questões hormonais, médicas e emocionais podem influenciar nosso apetite, além, claro, de distúrbios alimentares. Escolhas incorretas nas refeições também podem nos levar à fome excessiva ao longo do dia.
Esse descontrole pode surgir, inclusive, como resultado de uma dieta restritiva prolongada. Meses ou mesmo anos de subnutrição podem causar alterações hormonais no organismo, levando a um aumento incontido do apetite. É preciso saber identificar as razões para ir em busca de solução. Afinal, a falta de saciedade traz consequências como o ganho de peso e o aumento da ansiedade.
Vários são os fatores que podem levar ao problema. No âmbito alimentar, a deficiência de fibras e de proteínas na dieta é um deles.
Os dois nutrientes têm digestão mais lenta e aumentam a sensação de saciedade.
Já o excesso de açúcar e carboidrato refinado fazem o efeito contrário. Saciam rapidamente, mas logo logo o impulso de atacar a despensa chegará novamente. A baixa hidratação é outra causa, pois nosso organismo pode confundir a sensação de sede com a de fome.
No âmbito comportamental, a privação do sono costuma ser o pior dos problemas. Não descansar suficientemente pode afetar os hormônios que controlam a fome, a grelina. E, cansados, normalmente ansiamos por alimentos calóricos e com alto teor de gorduras. Uma combinação nada boa.
Altos níveis de estresse também estão relacionados ao desejo de ingerir alimentos. Estudos apontam que indivíduos que relataram a condição também relataram maior desejo de comer em vários índices (desinibição, fome e compulsão alimentar) e consumo mais frequente de alimentos saborosos não nutritivos como batatas fritas, hambúrgueres e refrigerantes.
Problemas de saúde como o hipertireoidismo, a diabetes, a hipoglicemia e a síndrome pré-menstrual podem, da mesma forma, levar ao aumento da fome. Assim como alguns medicamentos como anti-histamínicos, que tratam as alergias, alguns antidepressivos, esteroides, determinados remédios para diabetes e antipsicóticos. Na dúvida, sempre busque orientação médica.