Arnon Affonso Collor de Farias Mello nasceu em 19 de setembro de 1911, no Engenho Cachoeirinha, Rio Largo. Os pais: Manuel Affonso Calheiros de Mello e Lúcia Farias Mello. Eçe migrou para o Rio de Janeiro, onde se destacou como jornalista e escritor e, depois, retornou a Alagoas a fim de brilhar empresário, à frente do maior complexo de comunicação do Estado, como Governador e Senador da República. Governador no período de 1951-1955. Criou infraestrutura na educação, saúde e cultura, a base que garantiu bons frutos nos dias atuais. Entre tantas obras realizadas, implantou a estrada de Maceió a Palmeira dos Índios, fundou a Escola de Enfermagem de Alagoas, a Associação de Cultura Franco Brasileira e a Juventude Musical. Além do Teatro de Amadores de Alagoas, bem como a Associação das Bandeirantes, as representações da Cruz Vermelha e a Escola de Aprendizes de Marinheiros.
Concluída a missão de Governador, Doutor Arnon de Mello elegeu-se Senador por três legislaturas,
deixando marcas como intelectual a serviço
do País como um todo.
Em 1952, adquiriu a Gazeta de Alagoas das mãos do pernambucano Luiz Magalhães da Silveira, transformando a Organização Arnon de Mello no exemplo de grande complexo de comunicação que tem sido até os dias de hoje no Nordeste. Pela redação da Gazeta, hoje tendo como editor-geral o jornalista Claudemir Araújo, passaram outros grandes nomes do nosso jornalismo, como Antônio Sapucaia, Valmir Calheiros, Nunes Lima, dentre outros notáveis.
Genitor do economista Fernando Affonso Collor de Mello, que seguiu os passos do saudoso pai, destacando-se como Prefeito de Maceió, deputado federal, governador de Alagoas, atingindo-se o ápice como Presidente da República e, depois, seguindo como senador da República. Eu e Collor estudamos juntos na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) várias disciplinas e, portanto, fizemos amizade que perdura até hoje. Grande político, poliglota, inteligente, educado e, principalmente, orador notável, mantém o compromisso assumido pelo pai com o jornalismo de qualidade e imparcial. A Gazeta nunca parou, e se renova todos os dias. Collor reconhece a evolução natural dos meios de comunicação, que impôs desafios e que transformou completamente o jornalismo alagoano ao longo de desses mais de 90 anos, e, mesmo assim, conseguiu se reinventar, manter-se forte na informação e comercialmente.