O governo do Estado sentiu a pressão e recuou da ideia de seguir em frente com um pacote de medidas que afetariam, diretamente, a rotina de policiais e bombeiros militares de Alagoas. Pelas redes sociais, o próprio governador Renan Filho (MDB) anunciou, na noite dessa terça-feira (4), desistiu do arrocho. Segundo ele, o recuo se deu após um diálogo franco com os respectivos comandantes-gerais da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Alagoas. Ao longo dessa terça, entidades representativas de classe se reuniram e definiram um protesto para o dia 13 de agosto, justamente contra estas regras anunciadas pelo Palácio República dos Palmares. “Em conversa com os comandos da PM e BM defini que não haverá para militares da ativa alterações nas regras de promoção de fim de carreira e nas licenças especiais”, escreveu o governador, em sua conta no Twitter. Contudo, a “bronca” da tropa com o Governo não era somente em função da promoção e das licenças especiais. Os militares se queixam sobre os descontos previdenciários, a partir da mudança da lei, que atingiu os aposentados e pensionistas em cheio. Os inativos passaram a ter desconto de 14% com a norma em vigor. Além disso, a categoria busca a reestruturação do Centro Hospitalar da Polícia Militar (CHPM), que, na avaliação da tropa, deveria estar sendo utilizado para tratamento dos membros da corporação infectados pela Covid-19.