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Política

PARTIDO DEVE TER CANDIDATURAS NOS ESTADOS

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Por Folhapress | Edição do dia 17/04/2021

Matéria atualizada em 17/04/2021 às 04h00

Em Minas Gerais, o partido precisará reconquistar o seu espaço após a derrota de 2018, quando o governador Fernando Pimentel (PT) perdeu a reeleição e a ex-presidente Dilma foi derrotada para o Senado. O partido aponta para o lançamento de uma candidatura própria no estado, mas são grandes as chances de composição em uma provável candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD) ao governo do estado. Uma flecha nesta direção foi lançada em fevereiro, quando Fernando Haddad, presidenciável derrotado do PT nas eleições de 2018, fez uma visita de cortesia ao prefeito de Belo Horizonte. O cenário é parecido no Acre, onde o PT foi derrotado em 2018 depois de 20 anos governando o estado, e pode abrir mão de disputar o governo pela primeira vez desde a redemocratização. “Não cabe ter uma visão curta, temos que ter humildade e ter os pés no chão. É como uma travessia no deserto, a gente precisa se abastecer para chegar ao outro lado”, diz o petista Jorge Viana, que governou o Acre de 1999 a 2006. Uma das possibilidades é uma chapa com o senador Sérgio Petecão (PSD) para o governo do estado e Jorge Viana para o Senado. “Vamos conversar com todos os setores não alinhados a Bolsonaro”. Em Mato Grosso do Sul, o cenário é semelhante e o PT deve firmar aliança em 2022 com partidos mais ao centro. “Para ter uma perspectiva concreta de ganhar com Lula, o partido precisa compor. Isso significa abrir mão de candidaturas majoritárias”, afirma Zeca do PT, que governou o estado de 1999 a 2006. Ele defende que o partido converse com o PSD do senador Nelsinho Trad e até mesmo o PSDB do governador Reinaldo Azambuja, que trabalha o secretário Eduardo Riedel para a sucessão. Além da eleição para o Planalto, o PT terá como prioridade reforçar sua bancada no Congresso Nacional para dar maior consistência na sustentação a um eventual governo Lula. Uma atenção especial será dada à eleição para à eleição da bancada de deputados, principal balizador da distribuição do tempo de televisão e dos recursos do fundo eleitoral nas eleições posteriores. A eleição de 2022 será a primeira para a Câmara dos Deputados sob a nova regra que determinou o fim das coligações nas eleições proporcionais, o que pode beneficiar o PT, que tem forte base social. A avaliação é que, assim como nas eleições municipais as candidaturas próprias a prefeito tendem a puxar os vereadores, a candidatura de Lula cumpriria esse papel em relação aos deputados federais. Por isso, a disputa de governos estaduais não seria determinante onde o partido não possui candidatos competitivos. Pelo contrário: a candidatura majoritária representaria mais uma fonte de gastos.

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