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Política

74% DOS MACEIOENSES SÃO CONTRA REALIZAÇÃO DO RÉVEILLON, DIZ PESQUISA

Prefeitura anunciou cancelamento das festas públicas deste ano diante das incertezas que cercam a nova variante do coronavírus

Por Hebert Borges | Edição do dia 07/12/2021

Matéria atualizada em 07/12/2021 às 04h00

| Felipe Nyland

Pesquisa de opinião pública sobre a realização da festa de réveillon pela Prefeitura de Maceió aponta que 74% dos maceioenses são contra, 20% a favor, e 6% não souberam ou não opinaram. Os bairros com maior percentual de moradores contrários, com 88%, foram Cruz das Almas e Santa Lúcia. Já os bairros com mais moradores favoráveis foram Gruta de Lourdes e Chã de Bebedouro, com 46% e 38%, respectivamente.

Os números são de uma pesquisa feita pelo Instituto DataSensus na última quinta-feira (2) na capital alagoana. Foram ouvidas 811 pessoas, respeitando a representação dos grupos na sociedade. O nível de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os jovens, com idade entre 16 e 24 anos, são os que mais são favoráveis à realização da festa, com 36%. A pesquisa mostra que o grupo de favoráveis reduz à medida que a idade do entrevistado aumenta. O maior grupo contrários têm idade entre 45 a 59 anos. Entre as mulheres, 78% são contrárias, já entre os homens esse percentual é de 69%. Quando analisada a escolaridade, os sem instrução são o grupo que tem o maior percentual de favoráveis à realização da festa, com 23%. Já entre as pessoas com nível superior, 87% são contrários. Já quando o assunto é religião, os evangélicos reúnem o maior grupo de contrários (78%) e os ateus o menor grupo (70%). No último sábado (4), o prefeito de Maceió, JHC ( PSB), anunciou o cancelamento das festas públicas de réveillon nos sete polos de Maceió. O gestor disse que tomou a decisão por prudência diante das incertezas que cercam a nova variante do coronavírus. JHC destacou ainda que sua decisão se baseou na ciência, pedindo que as pessoas se vacinem contra a Covid-19. As festas privadas estão liberadas, mas com regras. As regras do réveillon privado em Maceió foram estabelecidas entre empresários e o Ministério Público de Alagoas (MPAL) na última sexta-feira (3). Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado. O TAC estabelece que somente será permitido o acesso de pessoas que tenham recebido as duas doses ou a dose única do imunizante contra o novo coronavírus ou que apresentem teste antígeno ou RT-PCR contra a Covid-19 negativo, realizado em no máximo 72 horas de antecedência do evento. A pesquisa DataSensus concluiu também que oiito em cada dez maceioenses são a favor da exigência de passaporte da vacina para quem vai frequentar festas de final de ano. O passaporte da vacina é como tem sido chamada a prática de cobrar a comprovação de vacinação contra a covid-19 para que alguém tenha acesso a algum estabelecimento ou serviço. Esta já é uma prática em, ao menos, 19 capitais brasileiras, segundo levantamento do portal de notícias G1. Na pesquisa do DataSensus, 13,7% dos entrevistados se disseram contra o passaporte da vacina, 3,6% se disseram indiferentes e 2,6% não soube ou não opinou. Quando analisados os dados por bairros, apenas os moradores de Jacarecica foram 100% favoráveis à medida. No Clima Bom foi onde as pessoas menos concordaram com a medida, com 65% de favoráveis. As mulheres, com 83% de aprovação para a medida, são mais favoráveis que os homens, onde 76% concordam. Quando analisados os dados por faixa etária, os jovens, com idade entre 16 e 24 anos, são os que mais se disseram contra o passaporte da vacina, com 16%. As pessoas sem instrução são as que menos se disseram a favor da medida (71%). Em compensação, quando o assunto é escolaridade, as pessoas com nível superior foram as que mais se colocaram contra o passaporte da vacina (17%). Por fim, quando o assunto é religião, os católicos são os mais favoráveis, com 84% de concordância sobre a medida. Já os evangélicos são os que detém o maior grupo de contrários (17%).

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