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Política

MORTALIDADE INFANTIL EM AL É MAIOR QUE A MÉDIA NACIONAL

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Por Carlos Nealdo | Edição do dia 22/01/2022

Matéria atualizada em 22/01/2022 às 04h00

Com uma taxa de mortalidade infantil acima da média nacional, Alagoas vem enfrentando dificuldades para baixar os índices nessa área. De acordo com boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde divulgado no fim do ano passado, o Estado registrou 14,4 mortes por cada mil crianças nascidas vivas. O documento do governo federal toma como base o ano de 2019, o mais recente analisado pelo ministério. Em todo o País, a taxa para cada mil nascimentos foi de 13,3, ou seja: 1,1 ponto percentual abaixo do registrado no Estado. Alagoas aparece com índices maiores do que estados como Pernambuco, onde a taxa foi de 13 mortes para cada mil nascidos vivos, Ceará (13,5 por mil), Rio de Janeiro (13,2), Minas Gerais (12,9), Rondônia (12,5) e Mato Grosso do Sul (11,1). Dois estados aparecem com taxas abaixo de 10 mortes para cada mil nascimentos: Distrito Federal, que tem a menor taxa de mortalidade infantil do País, 8,5 mortes para cada mil nascidos vivos, e Santa Catarina (9,6).

Desde que assumiu o governo, em 2015, até o primeiro ano do segundo mandato, Renan Filho (MDB) praticamente não conseguiu reduzir os índices de mortalidade infantil no Estado. Iniciou o governo com uma taxa de 15,3 mortes por mil nascimentos, índice que permaneceu no ano seguinte, e baixou para 14,5 em 2018. No ano seguinte a taxa até chegou a baixar 0,9 ponto percentual, mas voltou a subir no ano seguinte.

O Ministério da Saúde utiliza dados vitais notificados ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e ao Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), corrigidos por fatores de correção para óbito infantil e nascimento, estimados na pesquisa amostral de Busca Ativa de óbitos e nascimentos, feita em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em nota, o Ministério da Saúde ressalta que a mortalidade infantil é um importante indicador de saúde e condições de vida de uma população. Com o cálculo da sua taxa, estima-se o risco de um nascido vivo morrer antes de chegar a um ano de vida. “Valores elevados refletem precárias condições de vida e saúde e baixo nível de desenvolvimento social e econômico”, diz.

O Ministério da Saúde também observa que nos anos mais recentes - de 2017 a 2019 - a taxa de mortalidade infantil se assemelha. “As Regiões Norte e Nordeste possuem as maiores médias na taxa de mortalidade, com 16,9 e 15,3 óbitos para cada mil nascidos vivos, respectivamente para esse período”, ressalta. “As menores médias são observadas nas Regiões Sudeste e Sul, com 11,7 e 10,1 óbitos para cada mil nascimentos, respectivamente. Na Região Centro-Oeste, a média da taxa se manteve constante no período, com 13,0 óbitos para cada mil nascidos vivos”, completa. O órgão ressalta que o Brasil vem avançando na redução da mortalidade infantil, mas ainda é preciso um grande esforço para enfrentar as diferenças regionais e alcançar patamares mais baixos. “A mobilização não somente de todas as esferas de governo, mas de toda a sociedade e de cada cidadão é importante para consolidar essa redução, num movimento em defesa da vida”, finaliza.


Veja abaixo a taxa de mortalidade infantil para cada mil nascimentos

1-Amapá - 22,9 2-Roraima - 18,8 3-Amazonas - 17,9 4-Sergipe - 17,7 5-Piauí - 17,5 6-Bahia - 16,6 7-Maranhão - 16,3 8-Pará - 16,3 9-Acre - 16 10-Mato Grosso - 15,4 11-Paraíba - 15,1 12-Goiás - 14,5 13-Rio Grande do Norte - 14,5 14-Alagoas - 14,4 15-Tocantins - 14 16-Ceará - 13,5 BRASIL - 13,3 17-Rio de Janeiro - 13,2 18-Pernambuco - 13 19-Minas Gerais - 12,9 20-Rondônia - 12,5 21-Mato Grosso do Sul - 11,1 22-São Paulo - 11 23-Espírito Santo - 10,7 24-Rio Grande do Sul - 10,6 25-Paraná - 10,3 26-Santa Catarina - 9,6 27-Distrito Federal - 8,5

Fonte: Ministério da Saúde 31/12/2021

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