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Oriente Médio

NETANYAHU DIZ QUE PROPOSTA DE TRÉGUA DO HAMAS ESTÁ AQUÉM DAS EXIGÊNCIAS

Forças de Israel fizeram operação militar por terra na região leste da cidade de Rafah, no sul de Gaza

Por G1 | Edição do dia 07/05/2024

Matéria atualizada em 07/05/2024 às 23h34

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou ontem que a oferta de cessar-fogo do grupo terrorista Hamas é uma tentativa de impedir a operação militar israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

“A oferta do Hamas tinha o propósito de atrapalhar a entrada das nossas forças em Rafah”, afirmou o primeiro-ministro em um vídeo, segundo o jornal “Times of Israel”. Ele afirmou também que os termos da proposta feita na segunda-feira são muito “brandos”.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) fizeram uma operação militar por terra na região leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza nesta terça-feira (7).

Segundo os próprios israelenses, foi uma ação localizada, que deixou 20 combatentes do Hamas mortos. Cerca de 1,4 milhão de palestinos estão concentrados em Rafah. Muitos deles chegaram à cidade, no sul do território, fugindo da violência da guerra entre Israel e o Hamas, que foi mais intensa na região norte da Faixa de Gaza.

A guerra começou há sete meses, quando o Hamas atacou o território israelense, matou 1.200 pessoas e sequestrou cerca de 250 –acredita-se que hoje ainda restam cerca de 130 israelenses mantidos reféns pelos terroristas. Segundo as autoridades de Saúde de Gaza, controladas pelo Hamas, quase 35 mil palestinos morreram.

Na segunda-feira (6), horas antes da operação israelense em Rafah, o Hamas afirmou que aceitou os termos de um acordo de cessar-fogo na guerra elaborado pelo Egito e pelo Catar.

Netanyahu disse que pelos termos da proposta, as ações que o Hamas precisaria adotar foram muito abrandadas em relação a outros textos de acordo já discutidos. “A oferta do Hamas está muito, muito longe das demandas de Israel”, afirmou.

Os termos da proposta não foram tornados públicos.

O primeiro-ministro de Israel afirmou que a operação em Rafah tem como propósito trazer de volta os reféns e acabar com o Hamas —segundo ele, exercer pressão militar sobre o grupo terrorista é uma forma de conseguir o retorno dos reféns.

Ele também afirmou que Israel não vai permitir que o Hamas retome o poder na Faixa de Gaza e nem que o grupo volte a se armar.

“Israel não pode aceitar uma proposta que coloca em risco os nossos cidadãos e o futuro do nosso país”, afirmou ele.

O país, no entanto, não fechou totalmente as portas para um acordo. Foram enviados representantes ao Cairo, no Egito, onde acontecem as negociações.

Na segunda-feira, em nota, o gabinete de Netanyahu afirmou que “embora a proposta do Hamas esteja longe de satisfazer as principais exigências de Israel, o Estado Judeu enviará uma delegação de alto escalão ao Egito, num esforço para maximizar a possibilidade de se chegar a um acordo em termos aceitáveis para Israel”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro na segunda-feira.

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