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Maceió,
Nº 5873
Gestão municipal

MACEIÓ: REFORMULAÇÃO DO SECRETARIADO DEVE ABRIR VAGAS PARA SUPLENTES

Prefeito JHC terá de negociar com lideranças e com Câmara Municipal para contemplar os aliados

Por Thiago Gomes | Edição do dia 01/11/2024

Matéria atualizada em 01/11/2024 às 21h35

Até janeiro, é esperado o anúncio da reformulação no secretariado da segunda gestão do prefeito de Maceió, JHC (PL). A coligação ‘A Força do Trabalho’, encabeçada por JHC, era formada por oito partidos (PL, Podemos, PP, Republicanos, PRD, União Brasil e Federação PSDB/Cidadania.

Para conseguir espaço para todos, o prefeito terá de negociar com as lideranças e com o Legislativo, que abriga os vereadores que trabalharam na campanha.

Missão difícil será hospedar os suplentes na estrutura do município e cumprir os acordos firmados na pré-campanha. É aí que entram os articuladores políticos.

JHC conta, atualmente, com Júnior Leão, secretário de Governo com bom trânsito na Casa de Mário Guimarães. As contas são feitas no papel. Em tese, todos os que ajudaram na campanha e tiveram bom desempenho nas urnas merecem o espaço na segunda gestão.

Um exemplo é o vereador João Catunda (PP). O jovem obteve 5.664 votos, mas não conseguiu renovar o mandato nas eleições deste ano, ficando como primeiro suplente da legenda. Há duas possibilidades de contemplá-lo. Um vereador do PP viraria secretário ou ele mesmo seria.

Cotados para ajudar o colega de partido a se manter no mandato, Olivia Tenório e o novato Delegado Thiago Prado têm sido questionados pela imprensa sobre a hipótese de compor o futuro secretariado de JHC e negam veementemente.

Prado também garantiu que não tem interesse em ser secretário. Ele já respondeu pela Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Semsc).

O PP ainda elegeu o vereador Davi Davino para o 5º mandato consecutivo. Há chances de ele ser ‘puxado’ por JHC, mas a família Davino tem espaço na gestão: com Fernando Davino, atual secretário municipal de Desenvolvimento Social, Primeira Infância e Segurança Alimentar, e tinha mais quando o ex-deputado estadual Davi Davino Filho (PP) era secretário municipal de Relações Federativas.

EX-SECRETÁRIOS

Do PL, o compromisso do prefeito é incorporar dois ex-secretários seus que tentaram, pela primeira vez, uma vaga na Câmara e não conseguiram. Trata-se de Caio Bebeto, filho do deputado estadual Cabo Bebeto, que obteve 5.418 votos e ficou com a primeira suplência do partido. Caio foi o primeiro secretário extraordinário da Juventude.

O outro aliado é Neto Andrade, ex-secretário municipal de Desenvolvimento Habitacional, filho da ex-vereadora por Maceió Simone Andrade. Ele ficou com 4.913 votos nas eleições e com o posto de segundo suplente. Nesse caso, os dois podem retornar à gestão ou serem puxados, ao longo da legislatura, para estrear no Parlamento.

O Solidariedade pediu votos para Lobão à prefeitura. No entanto, a vereadora Silvania Barbosa, única representante da sigla na Casa de Mário Guimarães, tem uma tarefa doméstica importante. Ela lançou o filho Gerônimo Barbosa como candidato a vereador pelo mesmo partido. Com 2.310 votos, ele ficou como primeiro suplente. Espera-se que Silvania aceite comandar uma secretaria ou tire uma licença ao longo do mandato para abrir espaço ao herdeiro.

Já o Podemos, partido do vice-prefeito eleito, senador Rodrigo Cunha, deve vislumbrar um grande espaço na gestão, principalmente pela possibilidade de JHC renunciar ao mandato daqui a dois anos para se candidatar a um cargo majoritário nas eleições de 2026.

O Podemos fez um vereador, o veterano Samyr Malta, reeleito com 5.321 votos. A primeira suplente é a novata Cidinha da Transformação, uma das muitas lideranças do Benedito Bentes, que teve 2.206 votos. No bairro, especula-se que ela se tornará vereadora ainda nesta legislatura. Para isso se concretizar, Samyr migraria para a gestão ou se licenciaria, hipótese até então remota.

Outra possibilidade é Rodrigo Cunha assumir o primeiro escalão para ter mais visibilidade e não perder o ritmo do Senado, além de estar nos holofotes para tocar a gestão, caso JHC deixe o cargo antes de concluir o mandato.

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