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Câmara Federal

EM ALAGOAS, HUGO MOTTA DIZ QUE ATOS DE 8/1 NÃO PODEM SE REPETIR

Candidato à presidência se reuniu com o Governador Paulo Dantas, Arthur Lira e deputados

Por Da Redação | Edição do dia 29/11/2024

Matéria atualizada em 29/11/2024 às 21h17

O deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) esteve em Alagoas nessa sexta-feira (29) e se reuniu com o Governador Paulo Dantas (MDB), com o Presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP) e deputados estaduais e federais durante agenda em Alagoas.

Favorito para suceder Lira na Casa, Motta teve encontro com Paulo em Maceió. Estiveram presentes os deputados federais Isnaldo Bulhões (MDB), líder do partido na Câmara, Paulão (PT), Luciano Amaral (PV) e Daniel Barbosa (PP), bem como dos deputados estaduais Silvio Camelo (PV) e Ricardo Nezinho (MDB).

Lira não participou do momento porque estava em agenda na Bahia, mas esteve com Motta durante a 17ª Vaquejada do Parque Arthur Filho na noite de sexta-feira (29).

No encontro, Paulo reiterou que Motta representa a estabilidade que o Brasil precisa, garantindo um ambiente adequado para que sejam promovidos desenvolvimento, equilíbrio econômico e segurança jurídica.

“Acredito que Hugo Motta saberá criar um espaço de convergência entre os poderes. Essa postura é crucial para assegurar previsibilidade e estabilidade em um momento tão desafiador para o Brasil. Seu perfil conciliador é o que precisamos para avançar em pautas prioritárias, como educação, saúde e segurança pública”, disse o Governador.

Motta reforçou que, caso eleito, pretende fazer uma gestão baseada no diálogo, especialmente com os governadores. O deputado frisou que a Câmara dos Deputados sempre será a casa do debate, enfrentando pautas polêmicas com maturidade e buscando decisões que beneficiem a população brasileira.

Sobre a PL da Anistia, Motta disse que os atos de 8 de janeiro não podem se repetir e defendeu que a punição seja aplicada com ‘equilíbrio’.

“Olha, esse é um tema que a Casa tem se dividido, digamos assim. Nós temos uma ala que defende a anistia, nós temos uma outra ala que defende que a anistia seja um projeto que não ande dentro da Casa. E nós temos que, primeiro, reconhecer que o episódio do 8 de janeiro foi muito triste para a democracia”, iniciou ele.

O deputado salientou que esse foi um episódio grave, onde prédios públicos foram depredados e que as instituições foram atacadas.

“Nós não podemos permitir que isso aconteça novamente. O Brasil é uma nação onde as suas instituições funcionam de maneira muito firme. E cada vez mais nós temos que defender isso. Poder Judiciário, Poder Executivo e Poder Legislativo. Então, essa discussão será feita no momento correto, mas penso também que estender penas de forma muito forte para quem não estava lá depredando, também não é justo com quem não estava lá, de fato, cometendo aquele crime”, continuou.

Ele afirmou que esse é um tema que será discutido no futuro, com o devido cuidado.

“Então esse é um tema que o Congresso, na sua maturidade, irá discutir, mas sempre visando e defendendo que nós sejamos enérgicos para que episódios como esse não voltem a acontecer”, complementou.

PACOTE

Também questionado sobre o novo pacote proposto pelo governo, o deputado federal disse que esse é o momento de se debruçar na questão dos cortes, uma vez que isso será feito ainda neste ano. Para o pacote, ele reiterou que é preciso ter condições fiscais para alterar o Imposto de Renda.

 “Nós devemos agora nos debruçar sobre os cortes, que é aquilo que tem que ser votado até dezembro para que consigamos cumprir o arcabouço fiscal que é tão importante para nós e para a economia”, disse.

A posição sobre a reforma da renda seguiu posicionamentos divulgados por Arthur Lira e também pelo Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-RO).

“A questão da reforma da renda, a isenção do imposto de renda para as pessoas que ganham até R$ 5 mil e a taxação daquelas pessoas que têm um rendimento maior em nosso País, deverão ser discutidas só no ano que vem. E aí o Congresso irá analisar sobre essas medidas, mas sempre tendo uma preocupação muito forte com o equilíbrio fiscal.”

Motta, que conta com o apoio de Lira na sucessão da Casa, tem aproximadamente 15 partidos em torno de sua candidatura — o que representa 75% da composição total da Casa. A eleição ocorrerá em fevereiro de 2025.

Analistas políticos sugerem que Motta buscará seguir um caminho similar ao de Lira: conquistar dois mandatos na presidência da Câmara, adiando uma possível candidatura ao Senado.

O alagoano também assegurou mais apoio a Motta por meio de um acordo com o PT, que indicará um representante para uma vaga no TCU (Tribunal de Contas da União).

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